domingo, 25 de dezembro de 2016

Feliz Natal

Feliz Natal aquelas pessoas que não me encheram o saco no dia de Natal, que não se fizeram presentes na vida de pessoas que realmente as amam, ou que ainda cagam pra essas pessoas! Um Feliz Natal a todos os idiotas que pensam serem donos do mundo, que acham que amor é apenas um impulso que os obriga a reproduzir e não um sentimento.

Um feliz Natal aquelas pessoas que fazem chantagem emocional, que batem em suas mulheres e depois fingem ser pessoas dignas. Um feliz Natal aquelas pessoas que ameaçam e se sentem poderosas por isso (achando que os outros realmente sentem medo delas ---- tolas). Um feliz Natal a corja de mentirosos, que adoram repetir que são honestas a todo o custo.

Um feliz Natal aqueles meus "amigos" adicionados no face que quando me vêm viram a cara fingindo não me conhecer. Um feliz Natal aquelas pessoas que fazem caridade para os outros verem o quão alto é o seu grau de bondade.

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Um feliz Natal a todas as pessoas que quase morreram por causa de gente babaca e que sobreviveram pra contar história!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Anitta X Pitty e Machismo X Achismo


Eu acho incrível aquelas pessoas q acreditam que a cantora Anitta é uma coitadinha por ter vivido em condições onde o machismo imperava, e que ela não tem culpa de reproduzi-lo racionalmente em plena rede de TV aberta.

Tô começando a achar que as pessoas estão tentando procurar culpados onde não há, e os que são realmente culpados se beneficiam com isso por não serem responsabilizados. Depois que fiquei sabendo do embate entre Anitta e Pitty no programa "Altas Horas", fiquei impressionada com o rumo patético que um assunto tão caro a nossa sociedade vem sido tratado.Como se não bastasse isso, percebi que em muitos posts algumas pessoas entendem a fala da cantora Anitta como machista, mas que ao mesmo tempo ela 'não tinha culpa', pois viveu em uma comunidade de periferia e que quem realmente saia perdendo eram pessoas como a Anitta que foram forjadas ao molde Globo de Clonagem₢. Agora eu me pergunto, é legítima essa afirmação? Será que uma pessoa como a Anitta não pensaria de igual modo caso tivesse passado sua infância e adolescência em uma sociedade de classe média como era o caso da Pitty? Quer dizer que não existem pessoas de classe média que acham normal pensar do mesmo modo que a Anitta? Decorre disso que você também deve concordar que pessoas de periferia pensam igual a Anitta, e pior, mesmo que enriqueçam, não buscam o entendimento concreto sobre esse tipo de questão, uma vez que suas origens explicam tudo! Então quer dizer que não existem pessoas de periferia que lutam contra o machismo, ou contra a opressão?

O primeiro apontamento que posso tirar dessa fala é que a Anitta não precisa ser responsabilizada por ser sua própria vítima, aliás se ela é vítima de si própria ela também estaria sofrendo as consequências. Estaria? Será que no fundo ela entenderia, as ações de qualquer homem desmiolado que não tem a mínima decência e a chamasse de "cachorra", como uma agressão pelo fato dela ser mulher? Isso não nos cabe discutir. O problema é isso não pode ser suficiente para inocentar alguém de um ato vil, a simples fala "fulano também está sendo prejudicado pelos seus atos".Por exemplo: você não diz isso sobre alguém que roubou uma empresa e sumiu com o fundo de garantia dos funcionários, muito menos inocenta aquele sujeito que matou outra pessoa por estar sendo preso.

O Segundo apontamento, não menos importante, é que nesta fala está por trás a questão do estereótipo da mulher bonita: aquela "mulher que é bela, porém burra" (lembrando Machado de Assis, "Bela, porém coxa"). Poisé, ela é bela, mas isso não quer dizer que ela não pensa. DIZER QUE UMA PESSOA NÃO PENSA (OU QUE NÃO REFLETE SOBRE SEUS ATOS) É UMA DAS OFENSAS MAIS GRAVES QUE EXISTE, pois você, ao dizer isso de uma outra pessoa, estaria afirmando que a racionalidade (característica primordial que nos difere de outros animais (considerados "bestiais" por ampla maioria da população humana)), não existe naquela pessoa, e que portanto aquele sujeito é estúpido por reproduzir uma fala que lhe foi imposta.

O terceiro apontamento é que a cantora representaria todas aquelas pessoas da periferia. Poisé, defender uma causa alicerçando um preconceito social, não é só apenas dar um tiro no pé da própria causa que se quer resguardar, mas ao mesmo tempo é dizer que toda uma população não sabe o que faz, NÃO PENSA SOBRE O ASSUNTO e que as pessoas de classe média deveriam ir lá e esclarecê-las.

O quarto lugar, não é uma possível conclusão e sim uma afirmação: a Anitta sabe muito bem o que tá fazendo, e defendê-la ou ridicularizá-la não acrescenta em nada ao debate sobre feminismo!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

VOCÊ JÁ FOI CHAMADA DE MAMÃE NA RUA?

Estou destilando palavras de ódio proporcionalmente a cada metro cúbico de meu ser maravilhosamente belo.



Hoje o dia foi do cão, literalmente. Eu nunca uso decote porque tenho vergonha do meu corpo em certo sentido. Aí hoje coloco uma blusa mais bonitinha e um bando de homens me chama de mamãe. Isso me fez pensar o como as coisas estão ocorrendo no nosso cotidiano e no modo como não estamos educando nossos filhos a respeitar as mulheres.

A primeira coisa que eu deveria ter feito era ter me agachado e ter pego o tijolo que estava a minha frente e jogado na cabeça deles. Ao invés disso, resolvi mudar a rota. Mudei a rota e esses babacas ficaram assoviando. Eu fico pensando, o que esses homens teriam feito comigo se por acaso eu estivesse passando por eles em um beco escuro? Me estuprariam, claro! Isso me fez pensar sobre a seriedade com a qual não tratamos as questões de gênero dentro de nossos ambientes escolares. Desde a nossa infância somos treinados a diferenciar um homem de uma mulher apenas pela genitália, e não pelo que representam na organização familiar ou o que são dentro de uma sociedade que se diz estruturada (como a nossa). Temos democracia, mas rimos de alguma candidata mulher quando lança sua candidatura, dizendo: "É uma mulher tentando dar uma de homem" (isso é uma constatação atual, não é algo do século passado infelizmente). Se a mulher for homossexual, os seus relacionamentos não serão entendidos como 'opção sexual' e sim como um modo de diversão, o que acarreta no entendimento de que relacionamento homo afetivo só ocorre com homens. (afinal não existe ex-gay.... até isso os machistas de plantão se orgulham!). As pessoas estão acostumadas a entender a mulher como se fosse um  ser extremamente frágil. Se eu não me engano aguentamos trabalhos de parto que levam mais de 20 h às vezes. Mas o que mais me impressiona é que mesmo assim, ainda existe gente débil mental que chama os outros de mamãe.

Isso me fez pensar, não apenas na educação que damos aos nossos filhos, mas sim ao tratamento que damos a eles. Será que realmente os tratamos como futuros homens e mulheres, ou como crianças que necessitam da mamãe por perto? Isso me lembra do complexo de Édipo e a explicação do porquê que homens geralmente buscam pessoas parecidas com suas mães para viver as suas vidas. Não. Esses homens não pensavam nisso. Provavelmente deve ter passado por essas mentes perversas que eu devo ter tido quatro filhos, "Afinal ela é peituda, baixinha e gordinha". Eu não deveria me ofender pelo fato de ser  chamada de mamãe, se fosse apenas isso, "Olha só ela é mãe!", não é isso! Estou extremamente irritada pelo fato de que os meus peitos viraram motivo de gozação de pessoas que nunca vi em minha curta existência. Isso significa que eu não lhes dei o direito de me chamarem de mamãe. Agora um moralista filho da puta vem me dizer algo do tipo: "Você provavelmente tava se mostrando a eles". Em primeiro lugar, quando você passa na rua, você não pensa em provocar ninguém, e as vezes você sequer pensa no trajeto que faz de um ponto a outro. Agora eu te pergunto, o que faz a minha passagem ser diferente da tua? A minha roupa, o meu jeito de caminhar, as minhas expressões, os meus peitos? Em segundo lugar, eu não posso andar com a roupa que eu quiser? Quer dizer que qualquer um vai ter o direito de fazer qualquer coisa com o meu corpo por causa da maldita roupa que visto? Em terceiro, andar perto de homens, é um modo de provocá-los? Há, quer dizer que eles não podem ver uma mulher e devem passar a piroca em qualquer uma que passa a sua frente? Se for isso normal, mulheres não podem sair de casa!

Poisé, nós mulheres ainda temos que ouvir muitas outras sandices.... 


sábado, 16 de agosto de 2014

Etiqueta no face


Resolvi escrever esse post, dado o tipo de pessoa com que ando convivendo nesses últimos tempos... se você se identificar com um deles, haja santa paciência pra burrice que você  irá cometer ao se citar!

1. Não sou obrigada a ficar sabendo de todos os detalhes de sua vida: você não precisa tirar uma selfie após o sexo pra dizer que tem uma vida sexualmente ativa.

2. Você não precisa demonstrar o seu amor pelos animais fazendo um book diário dos cães que comprastes (amor, esse, que julgo amplamente controverso: ninguém compra amor... você não gostaria que o seu cônjuge comprasse o seu - partindo do pressuposto que você seja uma pessoa moralmente correta).

3. As pessoas não precisam transformar o face num meio de revolucionar o mundo,este, que necessita um pouco mais de compreensão, e não de uma revolução sem pé nem cabeça.

4. Estou cagando para o que você pensa sobre o que eu escrevo no meu face, aliás o nome que aparece nas postagens não é o seu, e sim o meu.

5. Odeio gente (corretor ortográfico humano) e que não tem o minimo de semancol... se eu escrevo errado, um dia eu irei aprender, e não é por causa de um post maldoso que isso vai acontecer.

6. Outra coisa que eu estava me esquecendo é que tenho pavor de pessoas que pensam que são o centro do mundo: você já pensou que provavelmente existem pessoas com problemas pessoais importantíssimos, e provavelmente, o tempo para se preocuparem com você seja inexistente... poisé... pense!

7. Inesquecível são aquelas pessoas que amam a vida, são felizes, e que têm paixão eterna pelos seus cônjuges e filhos no facebook e que na vida real, não conseguem ficar perto deles... só tenho uma coisa a dizer: teu cu!

8. Odeio gente que se mete a defensor da causa animal, e quando você vai pedir alguma ajuda ou dica simplesmente se faz de louca...poisé, grande parte do meu face é assim!

9. Odeio demonstração de poder em redes sociais ou intimidações eloquentes que não resolvem porra nenhuma: ficar intimando as pessoas por rede social é uma das piores ações que já vi circulando, pois demonstra o quão inseguro você é. Se você quiser que as pessoas participem de reuniões ou encontros, convide-as, não as intime (e não se surpreenda se as pessoas não forem atrás de você: provavelmente elas tem algo mais importante para fazer).

10. Você ama a Deus, ótimo, eu também... mas provavelmente você não me viu compartilhando em torno de cinquenta mensagens diárias sobre como Deus é bom, muito menos te convidei a seguir a página da minha igreja.



sábado, 28 de junho de 2014

Algumas Coisas

"Ando pensando muito sobre a dor de cabeça que venho sentindo e não tenho coragem de ir ao médico pra ver o que é isso. Sabe aquela sensação de que algo não tá certo com o teu corpo, como se você estivesse perdendo o controle do que acontece com ele, e nada... simplesmente nada pode ser feito?"

Poisé, é isso que uma mente maníaca e obsessiva por medicamentos e com medo da morte diria sobre uma simples dor de cabeça corriqueira, diga-se de passagem, provocada pelo estresse. Ultimamente tenho notado que ando com muita dor de cabeça, e por muitas vezes pensei que poderia ser algo sério.Pensei em ir ao médico ver isso, achando que algo de errado estava acontecendo comigo, mas ao fazer um levantamento de todas as coisas que ando fazendo, cheguei a incrível conclusão que assumi mais responsabilidades que a minha parca capacidade poderia/queria suportar, acarretando um quadro de estresse crônico. O meu último semestre de UFRGS foi um fracasso total, sem contar nos erros (mais erros que acertos) que cometi no semestre passado.

O primeiro deles é o fato de que eu confiei demais em pessoas que nem conhecia, e simplesmente entrei pelo cano. Não vou citar nomes, mas espero sinceramente, que a pessoa em questão, mude de comportamento caso queira ser reconhecida pela sua genialidade. O segundo é que aos 45 minutos do segundo tempo, indo pras prorrogações, resolvi salvar uma cadeira que não tinha como, mas fiz o diabo pra consegui e não consegui. Resultado: entrei em controle de desempenho (isso nunca me ocorreu....primeira vez em quatro anos de UFRGS que isso me acontece). O  que é pior, é que além disso tudo você pensa ser incapaz de seguir aquilo que sempre quisestes... é como se tudo o que estudas, de nada adiantasse no momento de fazer a porcaria da prova ou trabalho ... sabe.... é como se nada fosse o suficiente pra entender algum pensamento filosófico... é como se nada o que fizesse fosse válido para o entendimento.

Fora tudo isso, parece que a única coisa que anda me deixando um pouco mais alegre, pasmem, é a Sailor Moon. Estou assistindo pela sexta vez esse magnífico anime, e também, comprando os mangás que estão sendo reeditados pela JBC.

Poisé, esse é um breve resumo do que ando fazendo esses tempos. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

DEZ MÚSICAS

Nunca pensei em fazer uma lista de músicas que acompanharam a minha vida de algum modo, mas resolvi fazê-la porque chegou o momento nostalgia e essa é uma forma de reviver e pensar melhor nas coisas que temos por fazer no ano novo que vem como um trem desgovernado em nossas vidas, depois de um ano estressante e sem nexo como o de 2013.

A primeira música que vai entrar nesse Ranking é sem dúvida Canção da Meia Noite, da banda Almondegas. Mas a versão que me marcou profundamente foi a do Nenhum de Nós: imagina você ir ao interior ouvindo a mesma música quinhentas vezes no caminho rumo à cidade de Cristal porque a tua sobrinha de dez anos adora? Poisé... parte dos finais de semana da minha pré-adolescência foi marcada por inúmeras viagens a essa cidade porque o meu irmão residia lá e a trilha sonora oficial da viagem era essa.

A segunda música, não poderia ser outra que não How Soon Is Now do The Smiths... e sim, estou me referindo a versão original e não a versão do t.A.T.U. Essa música é simplesmente deslumbrante e perfeita (sabe aquela época em que o Rock ainda era Rock em sua essência? Poisé, essa música é dessa época!), tem uma delicadeza e um lirismo constantes que deixa qualquer bom apreciador de Rock arrepiado.

Como eu mando nessa bagaça de blog, a terceira posição será ocupada por duas músicas muito significativas na minha época de Julinho: Another Brick in The Wall do Pink Floyd e a outra Geração Coca-Cola do Legião Urbana (simplesmente a melhor banda de rock brasileiro na minha humilde opinião). Ambas as músicas retratam um papel deformador da educação às avessas. Isso quer dizer que se você se prestar a traduzir Another Brick in The Wall você perceberá uma critica ferrenha aquilo que se entendia como uma formação necessária para se viver em sociedade ou como ser um bom cidadão. Geração Coca-Cola, por sua vez, traz consigo uma crítica aquilo que aprendemos nas escolas como sendo certo (quando Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá escreveram essa música – sim, todos são autores das músicas que a Legião tocava – eles estavam se remetendo a educação que tiveram nas escolas de ensino médio durante a ditadura militar fazendo um contraponto com a situação política e econômica do Brasil).

A quarta música que não poderia deixar de se fazer presente nesse blogue e sim, escrevi blogue, é Wonderwall do Oasis. Também remanescente da minha época de Julinho, me lembra um colega e muito bom a migo que faleceu de modo estúpido nas águas do Guaíba como se fosse um gato que não soubesse nadar dentro de uma piscina de plástico (eu me lembro que ele gostava muito dessa banda). Foi triste... saudades eternas! In Memoriam.

A quinta música que também é do Legião Urbana é A Tempestade. Muitas e muitas vezes durante a minha adolescência quis cantar essa música a uma pessoa que me fez sentir todas as coisas inimagináveis entranhadas dentro do meu espírito. Confesso: eu fui uma adolescente muito chata, irritante, extremamente esquizofrênica e carente: e só o fato de eu achar essa música uma das melhores e que mais marcou a minha vida refletem um período obscuro clareado por confusos pensamentos que ao fim ao cabo me levaram a fazer filosofia como um meio de me entender: a questão é que na filosofia eu nunca consegui fazer isso.

Essa música é especial para eu pensar um pouco aquilo que sou ou não: A arte do Insulto do Matanza é ótima pra quem está a beira de um colapso nervoso e cheio de energia para extravasar após um ano frustrante e irritante como foi o de 2013.

Vou parar por aqui porque tenho que ir ao sono: prometo que as próximas músicas também foram marcantes na minha breve jornada misteriosa que é a vida!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ELEIÇÕES?

Adoro pessoas que tem como objetivo desqualificar a tudo e a todos. Infelizmente essa é a prática corrente de qualquer eleição para qualquer coisa aqui no Brasil. É triste pensar que as nossas organizações políticas estão alicerçadas em pouquíssimos argumentos favoráveis a prática política, ou ainda, a colaboração na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O problema da corrupção é só a ponta do iceberg, de nada adianta a gente se focar APENAS nisso, como se as outras coisas envolvidas na atividade política não fossem importantes para a sociedade. Se tudo continuar do jeito que está, a discussão que faz-se necessária para o avanço da sociedade não vai ocorrer, fazendo com que nós, população brasileira rendida a um turbilhão de informações, nos esqueçamos de pensar uma restruturação efetiva das nossas condições de vida.

A mídia podre que temos, só tem a agradecer aqueles que se dizem um meio único de contestação, ou ainda que se dizem justos, pois em primeiro lugar, as coisas realmente importantes para a sociedade são deixadas de lado como se o que se importasse fosse somente os problemas de corrupção que o Brasil tem. Nesse sentido, dizer que algumas pessoas que se dizem políticas são, ao fim ao cabo, literalmente apolíticas não pode ser considerado um xingamento,  pois realmente não querem procurar entender os movimentos que ocorrem no âmago de nossa sociedade. É como se dissessem que fazem parte da política e ao mesmo tempo estão fora daquilo que é a atividade política. Conversando esses dias com um colega, chegamos a conclusão de que nenhuma das chapas candidatas a nova Gestão do DCE leva em consideração os verdadeiros anseios da sociedade estudantil da UFRGS. A maioria das coisas que são defendidas nos panfletos são questões que não são concernentes aos problemas universitários, fazendo com que a eleição do DCE leve em consideração alguns aspectos que não são relevantes as nossas dificuldades e problemas que temos por aqui. O que me faz pensar, em segundo lugar, por qual motivo mesmo temos eleições para o DCE? Parece que o foco é ainda a organização política partidária (ou seja, não necessariamente política no sentido de se pensar uma organização humana que leve em consideração o seu bem estar). Tudo gira em torno daquilo que é considerado bom tendo em vista uma orientação (seja esquerda ou direita). Por esse motivo acredito que devemos repensar o que é um DCE, o que é uma organização política, o que é a política em si, e parar com esse draminha de que existe o bonzinho e o malzinho, e que se você não assumir uma posição você é um ser apolítico (huahuahauahuahau).

Em terceiro, finalmente, a única coisa que gostaria de entender, e que até hoje não entendi, é até que ponto ser apartidário garante a lisura de um processo no interior de uma organização pública: ser apartidario é não ter um partido pelo qual realmente nos identificamos e que portanto, não seguimos certos modelos de ação que os partidos fazem uso. Em que sentido isso poderia ser bom para uma instituição? Em nenhum, também não poderia ser considerado ruim. Algum otário poderia vir me perguntar: - Você não percebe que o partido político manipula as decisões dentro da instituição? Eu vou responder perguntando: - Você não consegue distinguir uma instituição pública de um partido político? É claro que a pessoa vai me dizer que o partido político é x e a instituição é y, mas não vai conseguir me explicar em que sentido uma pessoa aliada a um partido político vai levar em consideração apenas aquilo que o partido quer (parece que virou uma lei, ideia essa sustentada pela nossa mídia).